terça-feira, 15 de março de 2011

Sobre Cobras, Deus e asas

Já mencionei que Deus não da asas as cobras?
Tenho quase certeza que sou uma cobra, uma naja diria Caio f., uma naja sem asas...
Vivo guardando todo meu veneno pra usar na hora certa, mas não aguardo minha capacidade de rir intensamente de tudo.
Assim vou vivendo sendo bem mais simples que minha complexidade exterior.
O meu medo de guardar meu puro e doce veneno é de que um dia, talvez depois de amanhã, eu me morda e morra com meu próprio veneno.
Sobre cobras, asas, najas e Deuses...e o caralho a quatro também.
Tantas coisas nesse mundo que eu me perco um pouco, tenho que pensar “ será que eles estão rindo de mim ou pra mim?” “será que engordei, será que emagreci?” “é o cabelo não é?” pode falar, pode falar....
Porra, caralho que merda, tanta coisa pra me preocupar e vem falar de cabelo?
Sobre asas, najas, cabelo, deuses, cobras, sobre tantas coisas que nem me lembro o nome...
Como é mesmo o nome daquilo que se da? Aquilo que se da quando gosta de alguém?
Carrinho? Corinho?
Carinho....
E quando a gente gosta de alguém, da carinho e ela vai embora? A gente sente um aperto no peito uma dorzinha...
Saudades...
Que saudade de ouvir isso...
Carinho, amor. Saudades, respeito...
Tem tempo que eu sinto saudades de algumas pessoas...
Acho que elas também sentem saudades de mim...
Acho que vou ligar pra minha mãe...
Sobre cobras, najas, Deus, cabelos, mães, você...sobre tantas coisas e eu nem sei quem sou!


Um comentário:

  1. é muito bom não saber quem é, e ser um personagem por dia e ao acaso ser o mesmo quaso todos.

    amo seus textos, você é sempre você sem querer ser.

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